domingo, 14 de abril de 2013

Alice in Worderland - Fábulas macabras (em breve colorido)

"A verdade sobre Alice no País das Maravilhas"
 Como se sabe,Alice no País das Maravilhas é a obra-prima de Lewis Carroll,que ganhou ao longo do  tempo, uma adaptação contemporânea, valorizada com ilustrações que vão da delicadeza à excentricidade. Suas publicações tiveram adaptações,inclusive para a versão cinematográfica de Tim Burton.E para ilustrar vamos contar a história por trás da criação de Alice no País das Maravilhas.
 Em 1865 a primeira edição de Alice no País das Maravilhas foi lançada na Inglaterra,apresentando aos leitores um universo cheio de personagens curiosos,como o Chapeleiro Maluco,organizador de uma festa louca do chá, e a Rainha de Copas,monarca com predileção por decapitações.Mas de onde teria vindo a inspiração para a criação de uma história com elementos tão estranhos,como o gato que consegue desaparecer e um exército formado por cartas de baralho?.
 Além de referências ao contexto político da Inglaterra,como a relação entre a Rainha de Copas e a Rainha Vitória,alega-se que Lewis Carroll inspirou-se em pessoas que participavam de seu cotidiano,como Theophilus Carter,um vendedor de móveis excêntrico que é apontado como base para a criação do Chapeleiro.
 Alice Liddell aos 7 anos
Apesar de viver cercado por todas essas referências,não foi outra pessoa senão a menina Alice Pleasance Liddell,na época com apenas nove anos, quem inspirou o reverendo Charles Lutwidge Dodgson, nome real de Lewis Carroll, a criar a história.
 A Alice real era a quarta filha do vice-reitor da Universidade de Oxford, Henry George Liddell,e seu primeiro encontro com Lewis Carroll ocorreu em 25 de abril de 1856,enquanto o autor fotografava a catedral de Oxford – a fotografia sempre fora uma de suas paixões.
 Deste encontro desenvolveu-se a amizade entre Carroll e a família Liddell – em especial Alice.”Ele era encantado pelas meninas e Alice acabou tornando-se sua musa.Carroll foi muito criativo na relação com as crianças e adorava impressioná-las enviado a elas cartas malucas e inventando jogos de palavras, trocadilhos…
 Durante seu convívio ele contou dezenas de histórias a elas”, diz Adriana Peliano,presidente da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.E numa travessia de barco pelo Rio Tâmisa Carroll, percebendo o tédio das irmãs Liddell,contou-lhes a aventura da jovem Alice,que após seguir um coelho apressado encontra o estranho País das Maravilhas.Para tornar a aventura familiar às ouvintes,ele utilizou elementos do cotidiano delas, sendo o próprio coelho um exemplo disso.
 “Um dos aspectos interessantes da história é que ela não surgiu como obra literária, mas de forma oral”,explicou Adriana. “Quando o livro foi publicado ele acrescentou novos capítulos, personagens,deixando a obra mais complexa.”Graças a um pedido de Alice as ideias daquela tarde transformaram-se num manuscrito chamado Alice’s Adventures Underground – As Aventuras de Alice no Subsolo, em tradução livre – e, posteriormente,originaram as duas obras que envolvem a menina: Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e o Que Alice Encontrou Por Lá.
 Esse manuscrito,um presente de Carroll à musa inspiradora,acabou sendo vendido por ela anos mais tarde,quando a já adulta Alice precisou de dinheiro para manter sua residência após a morte do marido.A cópia rendeu um total de £15.400 e atualmente está guardada na British Library,a biblioteca nacional da Inglaterra.
 Apesar do dinheiro,ter servido de inspiração para um livro tão famoso não facilitou a vida de Alice Liddell. “A história foi criada para encantá-la,mas ela foi tragada para dentro desse contexto imaginário, mesmo sem ter nenhuma relação com os personagens”, conta Adriana, acreditando que a Alice real teve de lidar com a expectativa que as pessoas tinham em relação a ela,uma pessoa comum que acabou associada a uma fábula.
 Essa frustração é o ponto de partida para o livro Eu Sou Alice,de Melanie Benjamin,publicado pela editora Planeta do Brasil. “É como se fosse um diário da Alice,onde ela fala de seus conflitos em relação à obra”,revela Adriana.
 Alice Liddell morreu em 16 de novembro de 1934 aos 82 anos,enquanto sua contraparte literária continua cada vez mais viva no imaginário das pessoas.

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